HISTÓRIA DA ORDEM

O início da ordem...

Conta-se a história que a chamada Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão que em Latim era nomeada Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominic, foi fundada por um cavaleiro sobrevivente das cruzadas chamado Hughes de Payens (Hugo de Paiens) e mais oitos ou nove cavaleiros em Jerusalém, por volta de 1118, logo após os cristãos terem tomado a "Terra Santa" dos Muçulmanos na primeira cruzada. Tendo o apoio do Rei Balduíno II de Jerusalém, os nobres franceses Hugues de Payens e Geoffroi de Saint-Omer teriam recebido do rei o monte do templo, o local onde diziam ter as ruínas do antigo Templo de Salomão para se alojarem e instituírem sua ordem, ali seria a primeira sede da Ordem e de onde proveriam todos os mistérios que cercam esta lendária organização

Os Pobres Cavaleiros de Cristo passaram a residir no monte do Templo, no local do antigo templo de Salomão, ficaram assim conhecidos como "Templários", ficaram durante quase dez anos, até que o Papa Inocêncio II, em 1128 e por intercessão de Bernardo de Clairvaux (São Bernardo) que escreveu a regra da Ordem do Templo, aprovou a Ordem e a colocou diretamente sob a autoridade do Vaticano. Os nove Cavaleiros que iniciaram a ordem juraram, na Igreja do Santo Sepulcro (o templo dos cristãos), viver em perpétua pobreza e defender os peregrinos que vinham à Terra Santa. Era um voto de pobreza e de obediência aos ensinamentos de Jesus e seus discípulos.

Fora das muralhas de Jerusalém, a Palestina era considerada terra de ninguém sendo muito perigoso viajar devido a constantes ataques de ladrões e saqueadores. Reza a lenda que o principal motivo da criação desta nova ordem de cavaleiros se dava pela necessidade de proteger os cristãos que peregrinassem até a Terra Santa, o objetivo seria assegurá-los do perigo, nascia a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo, renomeada, em 1119, como Ordem dos pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, conhecida depois somente como Ordem dos Templários, que ainda tinham o objetivo de guardar o Santo Sepulcro e defender Jerusalém dos infiéis.

Sendo estes os objetivos da fundação da Ordem ou não, seguiremos com a história. Os cavaleiros como vimos então passaram a ocupar parte do palácio real em Jerusalém, erguido sobre o antigo Templo de Salomão. Muitas histórias e lendas se desenvolveram justamente por causa desta moradia, por este estabelecimento ser o quartel-general da ordem. O rei Salomão como relatado no Antigo Testamento foi considerado por muitos estudiosos o homem mais sábio que já contava a história e com isso ele era cercado de mistérios, acredita-se que os Templários descobriram muitas coisas relacionadas ao antigo Rei Salomão, seus conhecimentos e até relíquias do Antigo Testamento como a Arca da Aliança. Especulam-se ainda que os mesmos tivessem descoberto túneis secretos que os levaram a grandes tesouros, tais como uma biblioteca repleta de segredos de uma antiga ordem iniciática da qual o rei Salomão era membro, além de diversos conhecimentos ligados à ciência.

O que mais se especulou seria a grande descoberta do Santo Graal em uma das escavações das antigas ruínas do templo. O Santo Graal seria o Cálice que Jesus Cristo usou na última ceia com os apóstolos e que, com o mesmo, José de Arimatéia e Nicodemos teriam recolhido o Sangue de Cristo na Cruz para se concretizar a nova e eterna aliança. Essa relíquia virou um mito durante a idade média e muitos pesquisadores dedicaram a suas vidas a procurarem este artefato. Nos capítulos posteriores discorreremos sobre os mistérios que envolvem esta Ordem e o Graal.

O início da ordem foi muito controverso para as pessoas, pois ninguém estava acostumado com a ideia de monges montados em cavalos, padres com votos de pobreza, castidade e obediência que pegavam em espadas para lutarem. Estes cavaleiros ganharam tanto respeito e fama que Bernardo de Clairvaux (homem que depois se tornara Santo da Igreja Católica) certa vez escreveu o seguinte sobre os Templários: "Um Templário é um cavaleiro invencível, ele é guardado por todos os lados, pois sua alma é protegida pela armadura da fé assim como seu corpo é protegido pela armadura de aço, portanto ele é duplamente blindado não devendo temer nem a demônios nem a homens". Eram considerados uma grande força militar e força espiritual que ninguém poderia vencer, eram tidos como soldados de Deus.

Em 1129 os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão começaram uma das mais bem sucedidas campanhas de recrutamento e arrecadação de fundos da história. Eles procuraram famílias nobres de toda a Europa, pediram doações em dinheiro, terras, homens para ingressar na ordem, nesta altura esta já somava 30 anos de existência, mas ainda parecia ser politicamente instável. O rei de Aragão deixou em seu testamento na década de 1130 boa parte de seus bens em testamento para a ordem do que hoje é a Espanha. Com o crescimento em estrutura desta e de sua importância, chegou ao ponto de que uma pessoa para ser nomeado um Cavaleiro Templário teria que ser um membro da nobreza de ascendência legítima e doar todos os seus bens para a mesma. Muitos jovens nobres ingressavam na Ordem pelo ideal romântico que ela representava, pois o cavaleiro era visto pela sociedade como defensor do que era sagrado contra os chamados "infiéis", aqueles que não eram cristãos. Esse é um dos motivos dos Templários terem recebido grandes doações em dinheiro e propriedades, transformando-se numa das instituições medievais mais ricas e poderosas do mundo.

Em 1139 o Papa Inocêncio Segundo, publicou uma declaração chamada de "Bula Papal" que honrava os Templários com privilégios nunca vistos antes para nenhuma instituição, a Igreja isentou a ordem de impostos e lhes deu grandes poderes jamais vistos na época, eram totalmente independentes e autônomos.

Havia muitas divergências entre a posição da Igreja e das demais instituições, os Templários eram um caso a parte. Na época, várias organizações católicas congregavam devotos sob regimento próprio. A dos Templários, entretanto, era diferente: seus membros eram monges guerreiros. As normas da Ordem eram totalmente secretas e só conhecidas, na totalidade, pelo comandante chefe que era o Grão Mestre e pelo Papa.

Desde o início, os Templários foram desobrigados de obedecer aos reis. Podiam, assim, ter interesses próprios. Ao entrar na companhia, o novato conhecia só uma parte das regras que a guiavam e, na medida em que era promovido, tinha acesso a mais conhecimentos, reservados aos graus hierárquicos superiores. Foi essa estrutura que permitiu, mais tarde, à Ordem de Cristo manter secreto os conhecimentos de navegação no Atlântico.

Considerada desde o início uma ordem sagrada, chamada até de "O Exercito pessoal de Deus" a Ordem do Templo de Salomão foi uma ordem de cavalaria quase mítica, e onde se crê que se encontram conservados alguns dos maiores segredos da humanidade, desde o Santo Graal, as relíquias de Jesus Cristo, aos ossos de Maria Madalena, a segredos sobre a imortalidade, à Arca da Aliança, já um pouco de tudo se afirmou sobre os tesouros secretos que se encontravam em posse da Ordem dos Templários. Todas as lendas apontam contudo num sentido: os Templários tiveram acesso a algum poderoso segredo esotérico que se encontrava enterrado nas ruínas do Templo de Salomão, ou outros lugares de Jerusalém.

Há estudiosos que afirmam que a missão secreta dos Templários era a de cumprir a necessidade que havia de se formar uma organização forte e poderosa, para que pudessem cumprir seu real objetivo, que era a formação de um mundo sob os mais puros ensinamentos do Cristo Redentor. Uma união fraternal entre todos os povos, a união entre Cristãos, Islamitas e o Judaísmo, formar um reinado ecumênico de paz e justiça.

Trecho do livro "Glorificados e Perseguidos - A História e os Mistérios dos Templários"...

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